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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Amizades não virtuais

Eu entro no Orkut todo santo dia. Lá está a cara sorridente de amigos do Séc XX e XXI , em fotos com seus entes queridos. Cada um deles entra na minha realidade psicológica e vê-los todo dia dá uma reconfortante sensação de ser popular. No aniversário então, é uma beleza! Muitos mandam recados reafirmando amizade eterna.

Outro dia, uma amiga de verdade me fez pensar sobre essas amizades virtuais. À propósito do seu aniversário, disse ter recebido milhares de scraps no Orkut, mas que, em síntese, eram de pessoas que haviam sido notificadas pelo sistema e que, num momento de ócio, escrevem as mensagens regulamentares. Disse ela que queria eram amigos menos virtuais e a minha ficha caiu.

Há amizades em vários feitios. Amizade para sair, para conversar por telefone, pela internet, para falar de filhos, dieta, trabalho, namoridos, para ficar pensativa.... Enfim! Qual dessas seria uma amizade verdadeira?

Considero meus amigos, aquelas pessoas com quem tenho vontade de conversar. Quando um assunto me faz pensar naquela pessoa e eu ligo para ela, é minha amiga de verdade. È o caso dessa amiga. Eu sei do dia do aniversário dela, mas geralmente não sei em que dia estou e acabei não ligando para dar os parabéns. No dia seguinte, á propósito de um assunto qualquer liguei para bater papo e nem me toquei do esquecimento. Espero que ela não tenha ficado chateada. Que saiba que é a pessoa com quem gosto de conversar assuntos além-lar. Depois de um dia assistindo Discovery Kids, desenhando gatos e sapos, lendo livro de gravuras e trocando fraldas, ela é a mulher inteligente com quem gosto de bater papo de adulto.