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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Bebel aprendendo a falar

1 ano e 10 meses. Enquanto assistia a um vídeo dela mesma correndo atrás de uma bolinha , gritou: “Corre, Bebel!”

2 anos. “Bebel, me dá o seu dedinho?”. “Me dá.”

Bebel 2 anos. Procurávamos um brinquedo sumido. Perguntei retórica:” Cadê o brinquedinho?”. “Foi trabalhar.”

2 anos. Bebel conjuga os substativos no plural ,mas não os artigos, então é : “O dedinhos, a bolinhas”, num S muito caprichado.

2 anos: “Bebel, calçou o sapato?”, “Calcei.”, “Fez xixi?”, “Fazei.”

2 anos e 5 meses: “Bebel, fez xixi?”, “Fiz”, “Deu descarga?”, “Di”

Bebel, aos 2, sempre recomenda que eu dirija bem devagarzinho. Provavelmente aprendeu na escola uma vez que eu só dirijo em ruas movimentadas na velocidade do trânsito, uns 40/60 km por hora. Mesmo assim ela fala: “Devagarinho mamãe, pesado não”.

“Bebel tem 2 aninhos. E você, mamãe?”, “32”, “Igual eu.”

“Qual é o seu legume preferido, Bebel?”, “Batata frita”. Pensei; “Da mamãe também, filha”.

Aos 2 anos puxou assunto sobre super-heróis sem que nunca tivéssemos conversado sobre isso. O Hi-5 já tinha apresentado o tópico. Perguntei o que era super-herói. “È o que fica com uma mão para cima”. “E o que eles fazem?”,”Dançam.”

2 anos e 2 meses. “Bebel, espera um pouquinho. Depois que acabar aqui, a mamãe vai ficar abraçadinha com vocês”, “Abraçadinha não! Brincando.”

2 anos e 2 meses: “Bebel, vamos comprar uma cadeirinha para o João passear de carro igual grandinho”, “Igual duas Bebéis”.

2 anos e 3 meses. “Bebel, vamos dar esse danoninho para o João?”. Ela coloca o potinho no colo dele. “Ele é muito pequeno. Você quer dar danoninho na boca dele?”, “Eu não. E você?”

2 anos e 4 meses. Bebel comia um danoninho e João fez ela derrubar um pouco na perna. Ela começou a chorar um draminha: “O danoninho distraiu, mamãe”

Bebel 2 anos e 5 meses. “Eu não cabeu na cadeirinha do João.”, “ Eu não coube. Você coube?”, “Quibe”.

“Deu para a vovó, Bebel?”, “Di.”

100% das vezes, Bebel corrige se eu me refiro ao João como lindão, tutuzão.

Bebel tornando mais engraçada a tarefa de limpar uma calcinha encocozada: “Olha no vaso! A mamãe cocô e os filhos cocozinhos”.

Passavamos de carro pelo lava-rápido, e Bebel pediu: “Vamos lavar o carro?”,”Hoje não. A mamãe não tem dinheiro.”Ela fez uma cara amuadinha: “Todo mundo tem dinheiro. Só a mamãe que não”.

2 anos e meio. “Quem tocou a campainha, mamãe?”,”O jornal.”, “Sozinho?”

“Bebel, que cor é o seu cabelo?”, “Cor de rosa, igual o da mamãe”

“Mamãe, abúta (abotoa)?”

2 anos e 7 meses. Bebel encenava a história da Dona Baratinha. O sapão propõe casamento e mostra o barulho que faz à noite. D. Baratinha odeia o barulho e fala: “Eu não quero se casar com você”.

2 anos e 7 meses. Bebel brincava com os Backyardigans: “Venhem coleguinhas!”

sábado, 19 de junho de 2010

Ensinando o perigoso

O mundo real é muito mais interessante que o mundo asséptico de muitas crianças "privilegiadas". Tenho duas crianças com menos de 3 anos, ainda sem muita noção dos perigos que estão à sua volta. Incentivo os dois a explorarem o ambiente onde vivem: que abram gavetas, portas, vejam o que tem atrás da TV, do armário, que corram e subam no alto.

Os perigos mais perigosos como cortantes e químicos são trancados fora do alcance. O "PST NÃO" é para chamar a atenção em vez de aterrorizar.

 O resto todo faz parte da brincadeira e os brinquedos ficam em lugar de fácil acesso. Mesmo sob supervisão e cuidado, explorar  envolve risco como dedinhos presos, cabeçadas, tropicões e outras vicissitudes que a médio prazo ensinam mais do que doem.

Na medida do interesse deles, vou ensinando sobre talheres, quente/frio, alto, carros, tomadas, quinas, etc. Não ignoro os perigos envolvidos, mas acredito que ensinar habilidades (e mais tarde responsabilidade) para lidar com perigos e aventuras faz pessoas mais interessantes. Muito melhor que blindar com papel bolha.