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quinta-feira, 31 de março de 2011

Eu concilio

Esse blog é uma delícia. É bom ler sobre experiências parecidas (e ao mesmo tempo tão difrentes) das minhas.

http://vinhosviagenseumavidacomum.blogspot.com/

Um post fala sobre como ser mãe, mulher e profissional sem culpa de assumir que: "Yes, we can!"

Tenho a guarda dos meus filhos, trabalho, cuido da gestão doméstica e tento ser mulher nas (poucas) horas vagas. Afirmo: é possível! Não é o ideal para muitas pessoas. Para mim é. Durmo menos que gostaria, mas tenho fé que é temporário. Sei que com o tempo vai ficar mais fácil.

Tenho uma boa ajudante, moro perto de mamãe e o avô paterno vem às quartas. O pai fica aos sábados e domingos de 15 em 15 dias e ajuda quando eu estou viajando a trabalho.

O ritual de levar na escola, buscar e cuidar deles à tarde e nas noites em que não estou dando aulas é um dever prazeroso. São momentos preciosos, breves, que estão formando a personalidade deles de um jeito indelével. Daí a importância de ter, não só tempo de qualidade, como em quantidade também.

Não sinto mais culpa pela escolha da separação. A vida continuou e eu estou mais inteira na minha verdade. Não somos a família da margarina, somos uma família contemporânea em uma de suas configurações possíveis. Felizes, todos nós.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Discovery Kids

Hoje, na volta da escola, Bebel perguntou:
-"Quando a gente está na escola, você fica assistindo Canal do Bebê?"
Expliquei que estava no meu trabalho de dar aulas para adultos. Igual a professora dela dá aula para crianças. Acho que ela não se convenceu.

Os terríveis 2 anos- Parte II

Começou quando as pessoas que vêem o João de tempos em tempos comentaram: "Nossa! Como ele está falante". Eu, que estou no batidão, afirmo: começou tem uns 15 dias. À menor contrariedade, e mesmo sem ela, João dá um pulo, cai deitado no chão esperneando e berra indefinidamente. Minha qualidade de vida teve uma piora significativa.

Não quer comer, não quer dormir. Tomar banho com a irmã, nem pensar. Sair do carro, colocar cinto, desgrudar da televisão. Tudo é motivo para protestar escandalosamente. Isso e Bebel virando "bebezinha que não sabe fazer nada"..putz...que canseira!...

O nome das coisas

O nome dá o significado da coisa. Eu falo: o pai dos meus filhos, a tia das crianças, minha comadre, os avós paternos dos meninos e não ex-marido, ex-cunhada, ex-sogros. O prefixo ex  fala de um vínculo que já foi. O importante é o vínculo que será eternamente.

domingo, 27 de março de 2011

As meninas adultas

Fundamental na vida de uma mulher solteira são amigas ou amiga que respondem a um S.O.S (solidão, dor de cotovelo, etc.) num sábado uma hora da manhã. Melhor ainda se elas estão disponíveis para botecar até altas horas. Perfeito se, além de tudo, elas tem a capacidade, não só de conversar de outros assuntos, como de rir das desventuras típicas de mulheres contemporâneas. Aí não tem problema, tem diversão e, mais do que isso, sentido para a existência, a comunhão com outros seres humanos.

sábado, 26 de março de 2011

João sem Bebel

Quando descobriu que a irmã ia passear com a avó e ele não, João tremeu o beicinho. Depois ficou olhando pra porta, chorando  e chamando Bebel, Bebel, Bebel. Por último resolveu curtir a experiência de filho único. Fomos na Praça,  nós dois, coisa rara, uma mãe só pra ele. Na beirada dos brinquedos, ele ficou meio sem rumo, coitado. Tanta coisa, tanta atenção e nenhuma irmãzinha para mandar nele.

terça-feira, 22 de março de 2011

Piaget explica

João tem um pano amarelo que ele arrasta pra todo lado. Hoje, enfiou-se debaixo do pano e eu brinquei:
-"Sumiu o João! Cadê o João? ". E ele aparecia, achando a maior graça, em todas as 10 vezes que perguntei.
Aí chegou a Bebel, muito séria:
-"Sumiu nada. Ó o pé dele aí."

Consumo e sabedoria

Depois de longo e tenebroso inverno, consegui uma empregada gente boa, prestativa e inteligente para me ajudar na gestão doméstica.  Veio da zona rural do cafundó do judas e tem um olhar estrangeiro e divertido para as coisas urbanas a que já estamos acostumados como, por exemplo, elevadores, trânsito infernal, lojas de conveniência, etc.

Ontem fomos ao shopping com as crianças, primeira vez para ela. Nós duas fazendo cara de tudo está normal, mas a graça começou na escada rolante. Ela ficou rindo e esperando o timming para subir naquela máquina estranha que faz para as pessoas o que a maioria consegue fazer sozinha. Depois foram as proporções gigantescas de tudo, dos corredores, da quantidade de lojas, das possibilidades de consumo. Na saída ela, em toda a sua sabedoria, filosofou:
-"Nó! Shopping tem coisas demais! Pra "vim" aqui, a gente tem que saber muito bem o que que quer."

quinta-feira, 17 de março de 2011

Irmã(o) é tudo de bão!

Queria declarar amor à minha irmã. Estava eu numa terça feira de carnaval,  no bloco, na chuva, divertindo. Passaram por mim umas borboletas bebinhas saltitando pela grama da Praça . Ô saudade de você!!!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Sonoplastia

Lia uma historia sobre um passarinho que estava na chuva, chuáááá... Bebel perguntou:
-"Onde é que está isso no livro?"

Lutas que valem a pena

João odeia escovar dentes. Três vezes por dia  ele grita, se contorce, chora, protesta contra o fato de ter uma escova na sua boca. Até entendo. mas vendo a irmã fazer sua higiene pessoal como uma lady, ele devia se mancar.

Tem uma coisa da dominância física, moral  e psicológica do líder.  (Estou lendo sobre inteligência emocional do Goleman).

Mãe, por exemplo. Falou que tem que escovar dentes e pronto.  Se eu for razoavelmente boa e justa, ele entende que mesmo que ele não queira, tem que fazer ou ou não pode fazer para o próprio bem.

Hoje  percebi ele aprendendo sobre a dinâmica dos limites na casa. Estava com João encaixado debaixo do braço, escovando seus dentes enquanto ele berrava, como sempre. Ele chamou Bebel (gracinha!), mas ela continuava deitada folheando um livro com um sorriso que eu entendi como:
-"João boboca"
Acabei o serviço, soltei ele, que parou de chorar instantaneamente e foi consolar-se do lado da irmã. Ainda vai rolar muito grito, mais por hábito e vontade de mandar. Porém, a premissa está aprendida. Pra escovar dentes, ele tá dominado.

Cento?

Bebel observou o número da página do livro:
-"um zero cinco"
Ensinei:
-"Cento e cinco"
Ela me olhou surpresa e ficou pedindo para eu repetir o que havia dito. Como não ajudou, teve que perguntar:
- Sento? no cinco?

sexta-feira, 4 de março de 2011

João

João é auto-limpante. Me pega pela mão,  leva ao banheiro, aponta chuveiro e banheira. Simples assim. Agora, aprendeu a sair do banho também, num passo curto e vacilante de quem deixa rios atrás de si.  Vem até mim com a melhor cara do mundo de: "olha como sou grandinho".

Aprendeu também a tirar a fralda, num cantinho bem escondidinho. Depois atravessa a sala correndo, pelado, rindo, geralmente com a Bebel atrás, fralda na mão tentando cobrir-lhe as partes pudentas.

Coisas que o mundo ensina para as crianças

Eu contava um livro sobre um porquinho cheio de licenças poéticas. O porco corria com o cavalo, brincava com os pintinhos, abraçava o galo, pastava com a ovelhinha... nesse ponto Bebel me interrompeu:
-"mas porco não come grama..."
Tive que dar um google rápido para ter certeza antes de concordar.

-"Mamãe, hoje comi uma fruta diferente"
-"Qual, Bebel?"
-"Cachorro quente"

quinta-feira, 3 de março de 2011

Vó, mãe e filha

Fui pegar um pesado no alto, senti o tempo. Reclamei: "Tô ficando velha."
Bebel: "Tá não. Velha é a vovó."