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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Gestão do tempo

Entre 11:30 e 13:00 estou no processo de limpar, arrumar, alimentar e transportar as crianças para a escola. É gostoso mas dá trabalho pois o imprevisível faz parte. Tenho delegado cada vez mais à Bebel autonomia para se trocar e ela tem me surpreendido, colocando até meia calça sozinha. Essa semana, ela se arrumou sozinha e me perguntou: "Aproveitamos bem o tempo?"


quarta-feira, 23 de maio de 2012

Criança Índigo

Para meu horror, Bebel falou que não queria ir mais na escola. Perguntei por que e ela falou que era por causa de dois colegas chatos. Na minha cabeça,  passaram os termos bullying, traumas irreparáveis, essas coisas. Continuei a conversa e ela contou o que "os sapecos" faziam. O problema não era com ela, mas com a turma inteira, professoras inclusive. Perguntei se ela queria que eu conversasse com a professora, com a coordenadora, com a presidente, com os colegas. Ela me surpreendeu com a resposta: "Não precisa falar com a professora, quando eles fizerem coisas que eu não gosto, vou falar com ela." Falei que ia conversar com a supervisora pedagógica e ficamos assim.

domingo, 20 de maio de 2012

O dia da festa

- Mamãe, quando é meu aniversário?
Peguei o calendário e mostrei, marcando com um círculo.
- E quando vai ser a comemoração?

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O mico da mãe

Até então, toda vez que cumpríamos uma tarefa com sucesso: trocar de roupa, entrar no carro, arrumar uma bagunça, fazíamos o "super-queridos". Os três juntávamos a mão aberta, a mão fechada e cada um falava: Super-joão!, Super-bebel!, super-mamãe! e juntos: super-queridos! E morríamos de rir.

Hoje foi diferente. Como tinha uma pequena platéia, Bebel não quis fazer o super-queridos  me olhou com uma cara:  "não me faz pagar esse mico, mamãe." Ri e não insisti porque sei que é dureza lidar com a tendência das mães de fazer os filhos passarem vergonha.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Dia das Mães

Queridos filhos,

Depois que vocês nasceram, eu ganhei um presente: sentido. Minha mãe falava que certas coisas eu só saberia depois que virasse mãe e ela estava certa. É tudo de bom  ver os dois crescendo, aprendendo, ganhar seus beijos e abraços. Vocês me deram a infância de volta, me re-ensinam coisas que eu tinha esquecido. Pular para sentir os pés fora do chão, correr porque somos feitos para o movimento, andar sem pisar nas linhas da calçada, imaginar outros mundos diferentes, desenhar deitado no chão, sem pressa e rascunho, para expressar o que está dentro. Comer o que é gostoso e cuspir o ruim, assistir desenho animado sem culpa nenhuma, brincar de boneca, andar de velotrol.... Espero que mesmo quando virarem adultos, guardem a criança dentro de vocês. 

Hoje eu sou grande e tenho obrigações. Tenho números que me identificam e preciso trabalhar para viver. Preparem-se para o trabalho, pois dá liberdade. Eu estarei do ajudando no que  vocês precisarem. De livre e espontânea vontade. Nem tão altruísta assim pois vocês me enchem de orgulho e vaidade.

Vocês me deram uma vida bem mais interessante.

Mamãe

O nome da mãe

Ontem pus todo mundo para dormir cedo. João, inconformado, me chamou: mamãe! milhares de vezes . Já tinha contado história, dado mamadeira, boa noite e falado que não adiantava me chamar mais  Bravo, ele  insistiu e mais bravo ainda gritou do quarto:
- Roberta, me tira da cama.
Impossível não achar graça.

Submáaaaaaxima

Fui para a aula de spinning pois foi a única que coube no meu horário. O meu susto foi quando a professora deu um sprint e a mulherada começou a gritar orgasticamente:  submáaaaaaximma, ou seja, tinham atingido 85% da frequencia cardíaca máxima. Primeiro fiquei com vergonha alheia. Pensando bem, realmente dá um arrepio, mas daí para comunicar a vizinhança inteira.... Depois entrei no clima, cada tribo tem suas manias. Mas que é peculiar, é.

A criança e a rua

Passamos o feriadão em Diamantina onde usufruímos, mais uma vez, da hospitalidade dos Guedes. A casa fica num beco sem saída.. Bebel e João juntaram-se às inúmeras crianças Guedes e tiveram uma experiência inédita: brincar na rua. Eu, urbanóide,  estou acostumada a deixa-los em ambiente vigiados por, pelo menos,  uma camera e custei a relaxar. Mas não é que eles sobrevivem? É só delimitar a área: pode daqui até aqui e deixar rolar. Eles brincam, correm, riem e até brigam e choram, mas tudo se resolve entre eles. Consegui sentar, ler e conversar com adultos.

Confirmei   que ambiente controlado demais é igual assepsia exagerada, dificulta o desenvolvimento dos anticorpos necessários para um desenvolvimento saudável.