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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Casa Arrumada- Mês 1


A ex-ajudante saiu no início de dezembro e desde então resolvi aprender a deixar a casa arrumada sem empregada ou diarista. Vá lá, acabei contratando uma diarista em duas ocasiões, mas ela era do tipo "não lavo, não passo, não cozinho". Pelo menos, fez o  trabalho mais pesado.

Quando é a gente mesmo que arruma, fica mais exigente com filho: "Jogaram pipoca na sala toda? Arruma!", "Espalhou brinquedo e roupa? Guarda!". Eles tem se mostrado sensíveis à causa e parecem até se orgulhar disso. Vão aprendendo sobre a gestão da casa: lixo, pia, armário, máquina de lavar, onde moram os sapatos.  Tem piti volta e meia e  xixi ino chão por parte de certo menino, mas via de regra a coisa tem se resolvido bem. Tentei educar-nos a arrumar a própria bagunça.

A verdade é que fazer o trabalho doméstico sozinha ou em equipe é chato, toma tempo precioso, piora a qualidade de vida. Nada melhor do que sair e na volta, encontrar tudo limpinho, comida pronta por mãos amorosas de pessoa discreta e silenciosa.. A pior parte é a sensação de que estou me privando da convivência com meus filhos para manter a pia e a roupa limpas. Felizmente, a experiência de prescindir de ajuda profissional termina essa semana com a chegada de Conceição em nossas vidas. O resumo é que  nós três aprendemos muito nos últimos meses.

O trabalho doméstico é difícil por mim e 2 crianças mas exerci de maneira quase disciplinada a meta: de hoje a bagunça não passa. A gente vai prestando atenção nos insumos e  resíduos do estilo de vida.  Ir arrumando aos poucos durante o dia, dá uma sensação boa de responsabilidade e  pode até virar um hábito. É bom acordar  numa casa arrumada. Mas que cansa, cansa. Domingo, nove e meia da noite, eu estava fazendo faxina. Mas mente e o corpo podem se separar durante o serviço braçal. Música e telefone ajudam.

Se a mãe trabalha fora, tem que ter uma babá (profissional ou voluntária). Se quiser a liberdade de ir e vir, tem que ter outra pessoa responsável disponível 24 horas por dia. O problema da babá profissional para o 1° semestre de 2012 foi resolvido. Agora começa a próxima aventura: treinar uma pessoa para cuidar dos meus filhos na minha ausência.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Um domingo qualquer

Bebel voltou hoje cedinho de uma temporada na casa da avó. O domingo amanheceu com sol, dia bom para passear. Fomos de ônibus para o Parque Municipal. Por que ônibus? Sei lá. Eu gosto e ainda ensino uma habilidade útil. Assistimos  a um teatro de rua  e subimos uma rua, procurando um restaurante.

A sensação de andar de mão dada com um filho de cada lado é uma delícia. Duro é que várias vezes João e seus 20 quilos entram na frente e choram pedindo colo A estratégia e entretê-lo com o caminho e dali a pouco passa. Bebel pedia: "carrega ele, mamãe". Ensinei para ela que estou ensinando para ele uma coisa que ela sabe hoje, mas que não sabia na idade do João. Que cada um tem que andar sozinho. Eu só carrego quando a criança está muito muito cansada, afinal os dois já são grandinhos. Ela percebeu a estratégia e é engraçado a cara dela olhando pro João dando piti e pensando:"Seu bobo."

Na hora mais infernal,  João começou um berreiro daqueles de agachar no chão. A cena era Bebel me puxando rua acima e João, fazendo xixi na roupa sob sol de uma e meia na Feira. Quase desisti e voltei para casa emburrada. Entrei num ônibus e subimos para a Praça . Ônibus apazigua os ânimos. Almoçamos e passamos a tarde na piscina, sob sol, chuva e saco plástico no gesso da Bebel. Bom, bom mesmo. Sem horário, sem carro, soltinhos soltinhos. Dali fomos para o Jazz Festival na Praça, procurar algodão doce cor de rosa para Bebel. Uma voltinha depois e começou a chover. Pegamos e taxi e a trajetória pedestre ficou mais cara do que o previsto. O resumo é que vivemos uma aventura.

Eles dormiram cedo deixando uma bagunça daquelas para eu arrumar. Último dia de férias. Pena que passa rápido.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Os opostos que se completam

Quando Bebel tinha pouco mais de 3 anos, mostrei pra ela um toboágua e chamei: "Vamos?".Ela não falou que sim, mas eu fui fazendo a propaganda enquanto subíamos as escadas: " É superdivertido, tem água, a gente desce juntas e bem devargazinho". Ela não empolgou, muito menos na hora que começamos a descer. Vim com ela no colo, freando com mãos e pés de alto a baixo, avisei da piscina e caí segurando para que ela não molhasse o cabelo. Mesmo assim ela odiou cada segundo da nossa primeira e última descida de toboágua. 

Ontem, João e eu fomos no clube e pudemos ir no toboágua. Mostrei para ele, expliquei do que se tratava e chamei para ir. Ele não teve dilema. Segurou meu dedo e me puxou escada acima, tentando furar fila no meio das pernas. Chamei sua atenção, que entendeu, como todo mundo. Antes da descida, perguntei: "Está pronto?". Ele sorriu. Nasceu pronto. 

Fomos umas 20 vezes, eu com a desculpa de acompanhar um menino de 2 anos. Uma hora cansei e tentei que ele fosse sozinho com uma  menina de 10 anos chamada Carol que se prontificou a acompanha-lo. Ele não quis e deu um piti. Eu até poderia até ter insistido, mas depois pensei comigo e ri. Serão só uns poucos anos em que ele vai preferir a minha companhia a de outras pessoas.  

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Verdade ou pegadinha?

Bebel descobriu que eu não sei tudo, mas quase tudo. E rebate as minhas respostas:
- É verdade ou pegadinha?
-Adivinha.
Como eu sei responder a maioria das perguntas, explico que quando eu falo que é, é porque é mesmo. Quando não é, provoco:
-Será  verdade ou pegadinha?
E ela tenta descobrir. Trabalho para a vida toda. Eu até hoje não sei direito.