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sábado, 21 de abril de 2012

O Aquathlon e eu

A primeira vez que ouvi falar do aquathlon eu estava grávida da Bebel. Trata-se de uma prova de 5 km de corrida e 75o m de natação. Por uma razão que a razão desconhece resolvi que iria participar todos os anos enquanto tivesse saúde para isso. E é o que acontece, desde então, salvo quando grávida.

Hoje foi dia. Infelizmente, as crianças não puderam estar presentes, mas tirei fotos, pois não basta matar a cobra....Nos primeiros 500 metros, sol escaldante eu pensei (como sempre): "O que eu tô fazendo aqui?". Na primeira volta nas águas geladas da Laga dos Ingleses, senti caimbras e pensei de novo: "pra que eu estou pagando por isso mesmo?". Mas como tinha platéia, desisti de desistir. Esse ano, na minha categoria tinham 5 mulheres, o que praticamente inviabilizou uma medalha, exceto de participação, mas deixa pra lá. Terminei a prova batendo o meu recorde: 51 minutos.

Bebel e João, a mamãe faz isso só  para impressionar vocês.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Ciumeira

Não sou uma mãe ciumenta. Compartilho a filharada com pai, as muitas avós, tias, amiguinhos e nos momentos de desespero tenho a promoção; " Pegue um, leve dois". As avós agradecem por terem netos que dormem na casa delas desde sempre.

Acontece que quarta cheguei do trabalho tarde da noite e dei uma olhada na mochila das crianças. Para minha surpresa o dever da Bebel estava pronto, muito caprichado, cortado, colado e colorido. Quase supitei.. A babá, ótima, havia ajudado na tarefa. Pelo que conheço da minha filha, ela deve ter chegado em casa e não queria nem jantar antes de fazer o dever de casa. Pois é! Enciumei.
   

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Meninos e meninas

Se eu respondi a essa questão em prova na faculdade de psicologia, devo ter errado: "quando, em geral, crianças começam a perceber as diferenças de gênero, identificando-se com um e rejeitando aspectos do outro?:

Eu achava que era lá pros 3-4 anos, mas, pelo visto, é antes. Junto com a linguagem, já começam as identificações com o que é "de menino", e o que é "de menina". Sorte que eu tive um casal de filhos e eles sabem,  naturalmente, o que é ser, biologicamente, uma coisa ou outra. Mas tem muito mais. A menina gosta de rosa, bonecas, conversas, filhinhas com cabelos longos arrastando no chão. O menino gosta de carros, correr, subir, mexer de um lado para o outro. São crianças e brincam juntas, mas quanta diferença!...

Estávamos os 3  no shopping e rolou uma emergência na gestão de resíduos do João. Como no andar não havia vestiário da família (versão unissex  de banheiro infantil), entrei com João e tudo no banheiro feminino. Nunca, em tempo algum, eu ia imaginar que, aos 2 anos, ele iria se recusar: "è de menina, mamãe". Como era emergência nível 2, apelei para a autoridade materna: "Vai entrar sim. Vamos ver se não tem ninguem." Sorte que não tinha mesmo e o problema foi resolvido.

Eu sempre achei que trataria igual um filho e uma filha. Hoje sei que o tratamento é diferente. Bebel é minha lindinha, João é o meu tutuzão. Diria que metade do que determina as diferenças entre feminino e masculino é biológica (ou seja, vem de fábrica) , metade é cultural. Ruim deve ser quando biologia fala uma coisa e a cultura manda outra. Bom é que vivermos num tempo em que essas diferenças estão sendo mais aceitas.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Se princesa solta pum

- Solta, mamãe?
Lembrei de um programa do Futura que falava sobre "Flatulências e problemas gastro-intestinais das mais belas princesas". Saquei o smartphone, o google e dei aula. Dessa vez foi rápido.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Farão tudo o que eu mandar?

Minha mãe brincava comigo e com minha irmã de Boca de Forno. Quando a situação esquentava, ela dizia: “Boca de forno!”.


Minha irmã e eu: “Forno!”,

- “Farão tudo o que mandar?”,

- “faremos todos!”

- “E se não fizer?”

- “Ganharemos bolo!” (eu sabia, na época, que bolo é um tapa na mão. Achava engraçado bolo tapa ser igual a bolo comida e tinha certeza que não ia apanhar, mas a ameaça fazia parte da brincadeira. Isso acontecia no século passado, antes dos exageros politicamente corretos de educação de crianças)

- “Então, vai ali, vai ali, e dá 2 voltas correndo no quintal”, “50 pulos de um pé só”, “20 voltas em torno da mesa”

E lá íamos nós, fazer o que ela mandava, na felicidade de criança que brinca com a mãe. Ela podia ficar  fazer  coisas que os adultos fazem enquanto nós gastávamos a energia.

Hoje, brinco de Boca de Forno com meus filhos . Eles adoram. Bebel encabeça  e João vai atrás. E eu posso, às vezes, até sentar um pouco.

Para casa

O dever de casa na escola nova foi anunciado com um mês de antecedência. A expectativa da Bebel era enorme, e a minha também. Foi difícil convencê-la a jantar primeiro. Lápis, tinta, borracha e tesoura na mesa, sentamos os três, João também, para fazer um desenho sobre a Festa do Dever. Sim, a escola fez uma festa para comemorar o evento. É um jeito de valorizar disciplina, concentração, esforço intelectual, úteis a vida inteira.

É do jeito da Bebel querer fazer tudo certinho. Esforço nenhum acompanha-la nessa tarefa.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

a walk on the wild side

Achei que era hora de  levar as crianças para passear de avião e resolvemos passar uns dias no Rio de Janeiro. Criei a expectativa durante mais de um mês:  "nós vamos voar acima das nuvens, vamos no bondinho do pão de açucar, na estátua gigante, na praia  no dia 01 de abril.".

Chegamos na cidade 6 horas antes do check in do hotel e a aventura começou. Deixamos a mala lá e fomos para o Jardim Botânico onde acabamos no parquinho , brincando na areia, top 10 entre crianças . Na volta, eu comecei a me dar conta de que rodar de ônibus na cidade é eficiente, mas com duas crianças cansadas e sujas pode ser bem desgastante.

Nos 3 dias de viagem, fomos no Corcovado, no Pão de Açucar, em Copacabana. Tudo de ônibus, 2 meninos e 2 meninas. Não vou omitir que teve hora que eu jurei para mim mesma nunca mais encarrar um programa tão exaustivo, ainda mais com João na fase do "eu quero tudo do meu jeito agora, senão eu berro deitado no chão".

Mas o resumo é que valeu demais. Até porque, assim que em BH de novo tive um problema médico que nos deu um susto e passou. Deu pra pensar no que é importante, no que é preciso fazer para chegar ao importante, no que não tem jeito e no quanto esses momentos com meus filhos são importantes e breves.



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