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domingo, 31 de março de 2013

Feliz Páscoa!

 Eu contei a história de Jesus para meus filhos:o rei malvado, o nascimento humilde, as mensagens de amor que transmitiu, a morte na cruz. Hoje re-contei sobre o significado da páscoa cristã.

Eles escutam a história de Jesus várias e várias vezes com a boca aberta. Um herói. Hoje estavam Bebel e João contando um pro outro o que tinham entendido do que eu tinha acabado de contar.. O João:
- Aí Jesus desceu da cruz rapidinho rapidinho e viveu de novo.

50 tons de estados emocionais

Bebel é a tradutora do joão desde que ele nasceu. Se ninguem mais entende o que ele quer , ela entende. Estrada BH-Itaúna na volta do feriado. Eu havia sido a fada boazinha que levou na casa da vovó e a bruxa má que foi busca-los 4 dias depois. João berrava no banco de trás. Falei com Bebel:
- E aí, Bebel. O que você acha que o João está fazendo?
- Eu acho que ele está chorando mesmo, porque gritar ele grita só quando está fazendo birra. Agora ele está triste porque a gente foi embora da casa da vovó.

sábado, 30 de março de 2013

Bibi e eu

Bibi é a cachorrinha/filha de uma vizinha querida. Muito educada e tranquila, Bibi tem passado parte do dia aqui em casa, enquanto a dona/mãe trabalha. As crianças adoram, principalmente Bebel, que ganhou uma quase-irmã.

Aconteceu um dia de estarmos  assistindo TV. João queria mudar de lugar e Bibi não deu licença. Bebel mandou ela sair e ela não saiu. Os dois olharam para mim. Era toda a minha autoridade posta em questão. Dei a ordem:

- Desce, Bibi.

 E Ufa!, Bibi desceu. Menos 1 ano de terapia para todos nós.

terça-feira, 26 de março de 2013

Remexidão de almoço

Se não quer almoçar, tudo bem. Fica para a proxima refeição. E sem biscoitinho no meio. João beliscou, beliscou e não quis almoçar porque estava muito cansado. Dali a pouco veio pedindo barrinha de cereal. Falei que não e perguntei se ele queria que esquentasse o almoço de novo. Ele pensou, pensou e decidiu:
- Tudo bem. Me dá um remexidão.

Cenas de filho

Amanhecer na roça. João escutou o galo e constatou:
- O galo está apitando! Mas deve ser para outras pessoas porque a gente já está acordado.

Chove chuva e as crianças dentro de casa. Bebel inventou um jogo de adivinhações:
- Adivinha o que é o que é: tem a cabeça quadrada.
A mãe flexível:- Quem é bem chato.
O João refutando: - Mas pessoa tem a cabeça círcula.

terça-feira, 19 de março de 2013

A única verdade

- Bebel, deixa eu jogar um pouquinho?
-Peraí, João. estou quase acabando.
-E agora?
- Só acabar esse nível.
-Bebel, agora pode?

Meia hora disso e João veio atrás de mim tremendo o beicinho:
- Mamãe, a única verdade que Bebel está contando é que ela não deixa eu jogar joguinho.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Gritar adianta?

João berrava por um motivo que já tinha esquecido e era ignorado por  Bebel e eu .Aproveitei e falei com ela:
- Está vendo Bebel. Quando a pessoa dá birra, não adianta e ainda é muito chato, não é?
- É. Mas quando a gente está dando birra esquece que não adianta, não é?
-É.
Esperto é quem aprende rápido.

Fonética e Morfologia

- Mamãe, como é que escreve casinha?
Bebel já lê, reconhece e desenha todas as letras. Na hora de escrever palavras, pede ajuda. Eu desafio:
- Ca-si-nha.
-Eu não quero o som da palavra. Eu quero é da le-tra.
Eu não consigo entender se ela gozando com a minha cara ou não.

Mais que a mãe

Celular não carregou, alarme não despertou e às 6:49 Bebel me sacudiu:
- Mamãe, são quase 7 horas. Eu vi.
Levantei de um pulo e fui acordar João. Quando passei pela sala ela já estava trocando de roupa.Fiz um café correndo enquanto vestia João, que esgoelava de sono e raiva. Chegamos antes do portão fechar às 7:30.

No carro conversamos sobre a manhã:
- Pois é, Bebel. Nem parece que você tem 5 anos. às vezes parece que tem uns 10.
- Parece que eu tenho mais que você.
-Às vezes é mesmo.
- Mas também, eu fui dormir mais cedo.
E ainda entende o esforço.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Na semana que vem

- Mamãe, pega água para mim?
- Pego. Agora ou semana que vem?
-Agora! Agora!
A água imediatamente fica melhor ainda. Para o João, funciona sempre.

-Me dá suco, mamãe?
-Agora, Bebel ou mais a noitinha?
-Se fosse depois não ia ter graça nehuma, aff.

quarta-feira, 13 de março de 2013

O metrô e eu

Trabalho a 20 km de casa, ou 1 hora e 10 minutos de trânsito engarrafado. Ia de carro sozinha, sem ar-condicionado, tomando multa sobre multa. Chegava no trabalho cansada, descabelada, com um mau humor do cão. Esse semestre radicalizei. Só transporte público. 30 minutos de metrô e 30 de ônibus por 10% do custo de ir de carro. Com risco menor de atrasar. O problema é a volta às 11 horas da noite. Deixo o carro na estação perto de casa e torço para dar tudo certo.

Foi uma ótima troca. Geralmente vou sentada na janelinha, lendo ou só tomando um vento, tranquila, tranquila. Tem aluno que me vê de salto alto no 304A e  faz cara de: "coitada da professora! tão boazinha e tão pobre!...". Pelo contrário. Fiquei mais rica. Fiz mais amigos entre colegas, pois cada dia pego carona com uma pessoa diferente. Tem dia que eu desço na gameleira, tem dia que é na porta do meu carro.

O objetivo é dar aula perto e de manhã. Mas que hoje o transporte público resolve o meu problema, resolve.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            

domingo, 10 de março de 2013

A fé das mães

Alunos costumam perguntar sobre a minha religião. A resposta padrão é que eu creio em uma sabedoria transcendente. Cria-se um certo desconforto entre alguns do tipo: conversa desses ateus descrentes...

Hoje estávamos paramentados para curtir o domingo de sol no clube quando João falou que queria dormir, no meio da manhã. Assustei e dali a pouco meu filho estava com febre, suando debaixo da coberta. No meio da tarde estava com quase 39°. Dei banho, água, suco e ele dormiu no colo. Sem mãe e amigas por perto, preparei-me para ir para o hospital com duas crianças. No final do dia, João acordou bom, sem febre e comendo com seu tradicional apetite de pedreiro.

Uma pessoa amiga ligou informando que ia fazer orações e se eu queria ser incluída nas preces. Nessa hora, com toda a fé de mãe que passou por perrengue com saúde de filho pedi que agradecesse por mais uma graça alcançada.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Os cabeções do Acaiaca


Fomos no centro e mostrei para as crianças os cabeções do Edifício Acaiaca. Contei que eles cospem nos malvados, põem língua para os chatos e piscam para as crianças. Na volta, João falou:
- Eu vi, mamãe. O cabeção piscou para mim!!
Tenho certeza que ele viu mesmo e Bebel ainda teve a gentileza de me dar um sorrisinho muito cúmplice.