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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Eu não sou a mãe que pensava que seria


O post Tudo sobre minha mãe fala sobre a diferença entre a mãe que a gente pensava que seria e a mãe que a gente realmente é.

Quando eu era só filha, imaginava que ser mãe era brincar com bonequinos fofinhos que iam encher de felicidade minha vida 24 horas do dia. Que cuidar, alimentar, educar filhos eram só risos e alegria. Que quando isso não acontecia na minha vida de filha, era por causa de uma injustiça e não por causa do movimento natural da vida.

 Aí vem a realidade. Cuidar, alimentar e educar custam caro, demandam tempo, esforço e certa abnegação. O próprio umbigo sai do centro do universo.As responsabilidades dão cabelos brancos e rugas.Eu não sabia que mãe cansava de brincar com filho, que mãe cansava, que mãe ficava de saco cheio e às vezes só queria assistir netflix sossegada.

De vez em quando eu sou a mãe que pensava que seria.  Mas sou também a mãe chata, mandona, que fica impaciente, que deixa bagunçado, que fala demais, que sente preguiça, que resmunga. Deve ser normal.  😉

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

O jambeiro



Na primeira vez em que eu morei nesta casa, em 1980 o jambeiro já estava aqui. Quando voltei, aos 40, não lembrava do gosto da fruta. Pouca gente conhece a fruta e a maioria surpreende-se ao saber que jambo é amarelo (ou vermelho) e não "moreno".

Até outro dia, do jambeiro só me interessava a sombra. Só que as árvores, como as pessoas, mudam ao longo do ano. As flores começaram em julho. Encheram o quintal de insetos e o chão de pétalas. Quando as frutas começaram a amadurecer veio o cheiro doce. O gosto é bom mas não é espetacular como uma manga, por exemplo. A abundância é que a peculiaridade. Sacos e mais sacos de jambo. Os que a gente pegava no pé, distribuía aos montes para os amigos. O proximo desafio é criar coragem pra subir na árvore pegar jambo lá do alto.
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