Era uma vez duas meninas
que brincavam de
fada, princesa,
mamãe, filhinha,
médica, cozinheira...
Eram irmãs
de coração
de ser menina
de ter três anos.
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sábado, 27 de novembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
O primeiro amor do João
Quando João tinha menos de 1 mês e Bebel menos de 2 anos, eu estava sem empregada, babá, diarista ou outra mulher para me ajudar na gestão doméstica. Acordava todos os dias e parecia que o Katrina tinha passado pela casa. Tinha vontade de chorar o dia inteiro para ver se alguma coisa acontecia. Ajoelhei, rezei e pedi proteção ao que está além da minha vã filosofia.
A Grande Mãe deve ter me ouvido pois mandou Solange vir trabalhar comigo. Ela virou uma amiga, ama meus filhos e faz o trabalho de casa com uma sabedoria que eu não tenho. Agora deu a notícia. Vai fazer outro empregador feliz com a qualidade do seu trabalho. Sofri, pedi para ela voltar pra mim, mas não teve jeito. A vida tem disso.
Ruim para mim, pior para o João. Ele ainda está com aquela cara de Adão antes do pecado original, sem saber o que o espera a partir da semana que vem. O pobrezinho vai perder o seu primeiro amor, infelizmente não o último. Pobre de nós que a qualquer momento podemos ter o coração partido....
A Grande Mãe deve ter me ouvido pois mandou Solange vir trabalhar comigo. Ela virou uma amiga, ama meus filhos e faz o trabalho de casa com uma sabedoria que eu não tenho. Agora deu a notícia. Vai fazer outro empregador feliz com a qualidade do seu trabalho. Sofri, pedi para ela voltar pra mim, mas não teve jeito. A vida tem disso.
Ruim para mim, pior para o João. Ele ainda está com aquela cara de Adão antes do pecado original, sem saber o que o espera a partir da semana que vem. O pobrezinho vai perder o seu primeiro amor, infelizmente não o último. Pobre de nós que a qualquer momento podemos ter o coração partido....
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
O olho do pirata
-"Mamãe, por que o pirata tem olho de vidro?"
-"Porque o olho dele caiu, ploft, e ele colocou um de vidro no lugar"
Ela pensou um pouquinho:
-"O olho esquerdo ou o olho direito?"
-"Porque o olho dele caiu, ploft, e ele colocou um de vidro no lugar"
Ela pensou um pouquinho:
-"O olho esquerdo ou o olho direito?"
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Sonho de Bebel
Hoje Bebel acordou toda beijos e abraços e falou de um sonho lindo. Perguntei o que ela tinha sonhado, que respondeu, surpresa: "mas você tava lá, mamãe". "E o que eu estava fazendo?". "Contando história do livro da lua". Ganhei o dia.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Vovó Totonha
A mãe da minha avó era a Vovó Totonha. Ela morreu quando eu tinha 7 anos e lembro de uma velhinha bem velhinha que morava numa casa com quintal familiar. A lenda dizia que vovó Totonha era descendente de um Barão. Casou-se com um grande amor e viveu em estado de felicidade por muitos e muitos anos. Quando jovem, meu bisavô saía para trabalhar muito cedo. Antes disso, enrolava a esposa nos longos cabelos dela e a carregava, adormecida, até a casa da mãe.
Um dia sonhei com ela. Havia uma festa em sua casa, onde estavam presentes muitas pessoas, algumas eu conhecia, outras não. Vovó Totonha estava lá, velha, linda e muito iluminada. Coloquei os trisnetos no colo dela. Havia outras crianças na casa em ambiente de paz. Acordei repleta de felicidade e liguei para minha mãe e avó para dividir. As duas me falaram que vovó Totonha era pessoa que gostava da cantar, de contar piadas e viveu uma vida longa e boa. A despeito do meu cartesianismo e para mais do que compartilharmos o mesmo DNA mitocondral, senti que ela nos protege, em um plano além da minha vã filosofia.
Um dia sonhei com ela. Havia uma festa em sua casa, onde estavam presentes muitas pessoas, algumas eu conhecia, outras não. Vovó Totonha estava lá, velha, linda e muito iluminada. Coloquei os trisnetos no colo dela. Havia outras crianças na casa em ambiente de paz. Acordei repleta de felicidade e liguei para minha mãe e avó para dividir. As duas me falaram que vovó Totonha era pessoa que gostava da cantar, de contar piadas e viveu uma vida longa e boa. A despeito do meu cartesianismo e para mais do que compartilharmos o mesmo DNA mitocondral, senti que ela nos protege, em um plano além da minha vã filosofia.
sábado, 20 de novembro de 2010
Mãe solteira
Em setembro de 2010, o pai das crianças e eu nos separamos. Foi um casamento lindo e profícuo que durou 12 anos e acabou virando uma parceria bem bacana para cuidar e educar os filhos.
Separar é uma merda. Pior é brigar as mesmas brigas eternamente. Os desafios imediatos são não traumatizar a criançada, uma de 3 e outra de 1 ano com questões que dizem respeito aos adultos e reconfigurar a idéia de família.
Explicamos que agora tem a casa do papai e a casa da mamãe mas que os dois estarão sempre perto e disponíveis para os filhos. E é o que tem acontecido.
A guarda ficou comigo mas é exercida de forma compartilhada. O pai é generoso com a pensão e ajuda quando eu preciso viajar a trabalho. Eu não sou chata implicante com o movimento natural dele de buscar se acasalar novamente.
Falando assim, separação parece rosas. Não é. Todos ficamos mais pobres. A convivência das crianças com o pai diminuiu. Eu fiquei sobrecarregada e é difícil para mim equacionar a vida de solteira e as obrigações de mãe: acordar cedo, cuidar e educar de perto, trabalhar e gerir a casa sozinha. Mas compensa.
É a primeira vez na vida que eu me viro sozinha. Sempre fui a pessoa de referência do domicílio (segundo critérios do IBGE) mas agora é diferente. A responsa é toda minha, para bem e para mal.
Que venha o futuro!
Separar é uma merda. Pior é brigar as mesmas brigas eternamente. Os desafios imediatos são não traumatizar a criançada, uma de 3 e outra de 1 ano com questões que dizem respeito aos adultos e reconfigurar a idéia de família.
Explicamos que agora tem a casa do papai e a casa da mamãe mas que os dois estarão sempre perto e disponíveis para os filhos. E é o que tem acontecido.
A guarda ficou comigo mas é exercida de forma compartilhada. O pai é generoso com a pensão e ajuda quando eu preciso viajar a trabalho. Eu não sou chata implicante com o movimento natural dele de buscar se acasalar novamente.
Falando assim, separação parece rosas. Não é. Todos ficamos mais pobres. A convivência das crianças com o pai diminuiu. Eu fiquei sobrecarregada e é difícil para mim equacionar a vida de solteira e as obrigações de mãe: acordar cedo, cuidar e educar de perto, trabalhar e gerir a casa sozinha. Mas compensa.
É a primeira vez na vida que eu me viro sozinha. Sempre fui a pessoa de referência do domicílio (segundo critérios do IBGE) mas agora é diferente. A responsa é toda minha, para bem e para mal.
Que venha o futuro!
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