Quando eu virei mãe, não sabia o que seria. Pedi para Nossa
Senhora que mandasse filhos razoáveis, mas não esperava tanto. Juro!
Hoje, 10 anos depois, vejo que no meio das atribulações,
erros e acertos, estão sob minha responsabilidade 2 seres humanos sensacionais:
inteligentes, responsáveis, altruístas, carinhosos e bem humorados. Uns dizem
que é sorte, outros vêem o esforço (que nem é tanto assim). Às vezes me
pergunto, como eu, que sou tão gauche na vida, estou conseguindo fazer o que
pode ser considerado em “bom trabalho”. Não sei. Eu gosto. Gosto de ser mãe, de
estar perto, de conviver, não me sinto privada de nada mais importante do que
eles.
Minha meta sempre foi educar com amor para a independência.
Se eu acho que estou dando autonomia demais, eles pedem mais responsabilidades.
Se eu acho que estou piegas demais, me pedem mais beijos e abraços. Aí eu vejo
que estou no caminho certo e me emociono. (Eu sou piegas mesmo)
Quando vejo os dois, compenetrados em suas obrigações,
cuidando de si, me dando a mão (quer eu ou eles precisem ou não), me beijando
sem motivo, rindo das nossas inside jokes, penso: “taí o Sentido do movimento todo, desde
que a primeira molécula se autoduplicou”