Toda noite tem história de dormir. Eu venho testando os
formatos, observando os temas que dão ou não ibope. Sempre tem dois heróis, um
menino e uma menina e, de uns tempos para cá, uma cachorra doida, parecida com
a Pretinha. Os papéis variam. Tivemos a série feiticeiros poderosos,
cientistas, viajantes do tempo, mas o que eles gostam mesmo são dos órfãos que
não tem ninguém, nem comida, nem dinheiro e dormem debaixo da ponte. As
personagens sofrem a semana toda, são protegidos pela cachorra doida e só tem a redenção na sexta feira, depois de dias e dias de perrengue. .
Desde criança eu tenho implicância com histórias meramente
felizes, que querem ensinar bons valores sem metáforas, descaradamente. Meus
filhos também não gostam. O que eu
aprendi como contadora de histórias é que quanto pior, melhor.