Estávamos jogando Imagem & Ação. Vale mímica e responder sim e não.
João arrastava-se pelo chão:
- É um animal?
- Sim.
- Cobra! Peixe!
- Mora no mar?
-Sim.
- Tubarão! Baleia!
- É um peixe?
-Sim.
- Tubarão! Enguia!
- É mamífero?
- Sim
- Baleia! Golfinho! Peixe-boi.
- É humano?
- Sim
- Mergulhador!..
- É animal?
- Sim.
- ???
Estávamos nesse ponto quando o tempo acabou. João explicou:
- Era sereia! Meio peixe, meio homem.
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quinta-feira, 26 de novembro de 2015
sábado, 14 de novembro de 2015
Metamorfose ambulante
João queria entender o que suas cartas pokemon diziam. A necessidade é a mãe da experiência. Ficava catando as letras, organizando as ideias, concentrado. Bebel implicava: "Você não sabe lê-er, eu sê-ei". ele não refutava. Fiquei fora 15 dias. Quando voltei, a primeira coisa que João falou foi: "Agora eu já sei ler!". Idade: 6 anos e 4 meses. Bem vindo.
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
Técnica Pretinha de obtenção de alimento
Quando a cachorrinha ainda estava por aqui, observamos a "técnica Pretinha de obtenção de alimento". Ela só precisava era ser fofinha e ganhava comida sem precisar fazer esforço. Assim como as crianças. Eles entenderam o recado e dão "viva!" á riqueza de todos os dias ter almoço quentinho na mesa quando chegam da escola.
Não é pouca coisa aprender que nada brota no supermercado, na geladeira, em cima da mesa. A comida tem um caminho que passa pelo trabalho de comprar, transportar, cozinhar e que, depois, ainda sobra um monte de vasilhas na pia.
Além disso, chamo atenção para os luxos a que estamos tão acostumados que parecem direitos perpétuos e naturais: abrir a torneira e sair água, ter sistema de esgoto, sempre ter alimento disponível, ficar doente e ir no médico, frequentar uma escola, não precisar andar a pé por necessidade, ter uma cama para cada um.
É um esforço para criar cidadãos sem a mentalidade de que o trabalho físico/doméstico é menos importante (ou pior, desprezível e descartável).Eu sei por mim o valor desse trabalho.
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
Uma tarde com a bruxa
La pedrera de San Isidoro - Goya (1788) |
A tarde era na praça junto com grupos de famílias, amigos, casais e cachorros. Mais à frente um grupo de mulheres comemorava com música, comida e muitas risadas. Mostrei para a família: "é uma convenção de bruxas". E expliquei: "são mulheres que estão em contato com os mistérios da natureza" Todo mundo fez cara de que não levou aquele papo a sério.
Só que deu hora de ir embora porque, bruxa ou não, eu tinha que trabalhar. Protestos: "Ah não! Só mais um pouquinho". Como não tinha nem mais nem por que, apontei o dedo: "Se vocês não levantarem agora, eu vou deixar todo mundo com pele gosmenta de sapo". Não sei quem levantou mais rápido, o adulto ou as crianças.
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