Ensinar gíria para criança é questionável, eu sei. Mas adoro a categoria "doido", em seu sentido "exótico", "diferente", "chamativo" e até "exuberante". Chamo as crianças de "doidinhas" quando elas fazem uma coisa engraçada, uma baguncinha fofa, dando elasticidade ao conceito. Chamo atenção para as coisas na rua: "ó que doido, aquele grafitti, aquele cachorro, aquela praça, aquela pessoa, etc."
Bebel me fez pensar nas diferenças entre o que se diz e o que se entende quando se trata dessas palavras genéricas. Passou por nós um homem com dread-lock e saia. Eu chamei a atenção: "ó, Bebel, olha o moço, que doido! Você acha bonito?"
- Mamãe, doido é doido, bonito é bonito. O moço é doido.