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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Dançar é bom!

Mulheres modernas demais não sabem dançar direito. Eu, por exemplo...

Depois de várias tentativas frustradas de assistir Tropa de Elite, estava abandonada por uma amiga menos de uma hora antes do filme. Caminhava cabisbaixa pensando se ia ao cinema sozinha ou ia p casa comer chocolates. Passei na frente de uma escola de dança de salão e subi. A dança tem seus ritos e técnicas. É prazer, é preliminar, é desejo e pode ser até manifestação de amor. A escola de dança de salão mercantiliza a premissa básica, mas os elementos arquetípicos estão lá nos movimentos dos dançarinos.

Dançar é uma habilidade útil, assim como cozinhar e costurar. Traz vantagens sociais e estéticas. O step que eu fazia disciplinadamente não é dança, é esporte para condicionamento cardiovascular e melhora do tônus. Não tem poesia nenhuma. Ruim mesmo foi cair de maduro na aula e ficar o mês todo de molho, sem minha dose habitual de endorfinas.

Resumo da ópera é que, terça, oito da noite, entrei em uma escola de dança de salão. Fiquei sentada na cadeirinha das encalhadas até um professor me chamar para uma aula experimental, ocasião em que aprendi que mulheres modernas demais não são boas parceiras de dança. Queremos dar uma de homem. Em minha defesa só posso dizer: é ignorância mesmo. 

Dança de salão é deixar-se ser conduzida sem ansiedade, sem feminismo. É metáfora de uma anterior ordem biológica e social.