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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Vai fazer o que eu estou mandando logo.

Mãe vive mandando fazer as coisas. Acordar, tomar café, trocar de roupa, escovar dentes. Isso antes das 7 da manhã. Continua nesse ritmo até a hora de dormir. Uma das chaturas da maternidade.  Aquela vozinha irritante, estridente obrigando a sair do conforto para fazer aquela coisa que não se quer fazer. Mãe ou criança reclamar dessa atribuição materna , falar que  não vai fazer de jeito nenhum só piora e a peleja pode durar o dia, a semana, a infância inteira.

Não tem remédio. O x da questão é tipo de vínculo que se estabeleceu entre mãe e filho. Se deu tudo certo e o vínculo é de amor e respeito, mesmo assim a mãe vai ter a hora de ser mandona, chata, estraga-prazer. Os filhos vão ter a hora de serem birrentos, morrinhentos, pirracentos. Faz parte.Tem formas e formas de persuadir, das saudáveis às completamente neuróticas, psicóticas, ou pior ainda, psicopáticas. Para mim a medida é: no final do dia eu me sinto feliz ou esgotada por ser mãe? Geralmente, o sentimento é de dever cumprido, que esse é o cotidiano e que é uma delícia e um privilégio conviver com crianças.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Sobre pais e mães

A gente tem uma representação de pai e mãe ideais. A mãe amorosa e disponível, o pai generoso e acolhedor que estariam sempre com a gente, cuidando, confortando, torcendo pelo sucesso.

Exceto as pessoas mentalmente doentes, mães e pais, mesmo os que não gostam de cuidar de crianças, querem o bem da prole. O que diferencia são os métodos, mais ou menos eficazes  dependendo da inteligência emocional e da história de cada um. Considerando as infinitas configurações familiares, tenho pensado no que pode dar errado na equação: pessoas que reproduzem e tem a responsabilidade de cuidar de outros seres humanos até a maturidade deles (que legalmente acontece aos 18 anos, mas que pode acontecer, antes, depois ou nunca).

Descaso ou superproteção, abandono real ou imaginado, excesso ou falta de expectativas, de frustrações, de estímulo, invejas e recalques, alienação parental, doenças do corpo e da alma . E o pulso ainda pulsa.

Não queria ser deprê. Queria refletir sobre o fato de que o passado não dá para ser mudado mas as representações sobre os eventos sim. A consciência de que os pais são demasiadamente humanos faz parte do crescimento. Atitudes protetivas para lidar com pais narcisistas, psicopatas e outras patologias ajudam. O perdão para as falhas bem intencionadas das famílias "normais" . Feliz Natal!