Total de visualizações de página

sábado, 19 de junho de 2010

Ensinando o perigoso

O mundo real é muito mais interessante que o mundo asséptico de muitas crianças "privilegiadas". Tenho duas crianças com menos de 3 anos, ainda sem muita noção dos perigos que estão à sua volta. Incentivo os dois a explorarem o ambiente onde vivem: que abram gavetas, portas, vejam o que tem atrás da TV, do armário, que corram e subam no alto.

Os perigos mais perigosos como cortantes e químicos são trancados fora do alcance. O "PST NÃO" é para chamar a atenção em vez de aterrorizar.

 O resto todo faz parte da brincadeira e os brinquedos ficam em lugar de fácil acesso. Mesmo sob supervisão e cuidado, explorar  envolve risco como dedinhos presos, cabeçadas, tropicões e outras vicissitudes que a médio prazo ensinam mais do que doem.

Na medida do interesse deles, vou ensinando sobre talheres, quente/frio, alto, carros, tomadas, quinas, etc. Não ignoro os perigos envolvidos, mas acredito que ensinar habilidades (e mais tarde responsabilidade) para lidar com perigos e aventuras faz pessoas mais interessantes. Muito melhor que blindar com papel bolha.