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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Reflexão Psicológica afetiva sobre os Cinco Patinhos da Xuxa



A música da Xuxa fala sobre 5 patinhos que vão passear e não voltam. Depois de muito drama, a mamãe pata vai procura-los e os encontra. A primeira vez que escutei, confesso que senti certo pânico: “será que os patinhos morreram?” e alívio quando eles são encontrados. A partir  da 100° vez que escutei a música, minha parte preferida é quando o CD acaba.

Impressionante é a emoção genuína que essa música desperta nas crianças. Bebel e João cantam  e fazem a coreografia no carro, no almoço, sozinhos. Na hora de maior desespero da mamãe pata, João imita a Xuxa que cobre os olhos e, com ano e meio, faz uma cara de sofrimento de dar dó. Bebel que já está mais descolada do que é historinha e do que é realidade, emociona-se também todas as vezes.

É a elaboração de um sentimento materno ancestral que eles captaram por empatia. Que a iminência da perda dos filhotes é o maior dor que uma mãe, pata ou não, pode experimentar. Os patinhos, muito sadiamente  querem voar além das montanhas, a mãe fica gritando qua qua qua qua e não os libera para viverem suas próprias aventuras. Eles se mandam  e nem tchuns. O drama é que eles não voltam nem dão notícias. Quando se vê sozinha, ela vai buscar os pestinhas e graças a Deus os encontra sãos e salvos. É a resolução de um conflito arquetípico. Que meus patinhos voem alto e longe, com responsabilidade,  sempre dêem notícias  e voltem sãos e salvos. Eu prometo não ficar gralhando quando eles resolverem viver suas proprias aventuras. Agora, se sumirem sem considerar as pessoas que se preocupam com eles, não vou ser gente boa como a mamãe pata que passado o alívio, não deu um corretivo nos  irresponsáveis.