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sábado, 16 de maio de 2015

Quanto pior, melhor


Toda noite tem história de dormir. Eu venho testando os formatos, observando os temas que dão ou não ibope. Sempre tem dois heróis, um menino e uma menina e, de uns tempos para cá, uma cachorra doida, parecida com a Pretinha. Os papéis variam. Tivemos a série feiticeiros poderosos, cientistas, viajantes do tempo, mas o que eles gostam mesmo são dos órfãos que não tem ninguém, nem comida, nem dinheiro e dormem debaixo da ponte. As personagens sofrem a semana toda, são protegidos pela cachorra doida e só tem a redenção na sexta feira, depois de dias e dias de perrengue. .


Desde criança eu tenho implicância com histórias meramente felizes, que querem ensinar bons valores sem metáforas, descaradamente. Meus filhos também não gostam. O que eu aprendi como contadora de histórias é que quanto pior, melhor.