Conheci um menino que tinha fama de destrutivo. Observei que ele destruia tudo mesmo. Se era a primeira flor do canteiro que estava quase florindo, ele arrancava. Se era brinquedo novo, dali a pouco ele estava em mil pedaços na mão do menino. Abria buracos no meio do caminho, tirava tudo o que tinha nas caixas, arrancava plantas da horta... Enfim, dava trabalho.
Observei também que ele não era destrutivo por raiva ou tristeza. Ele simplesmente era. Um dia, arrancou o maior girassol do canteiro e ficou concentrado arrancando pétala por pétala e depois destroçando o miolo. Perguntei o que ele estava fazendo:
- Estou vendo o que tem dentro.