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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Os mais iguais

A escola que meus filhos estudam é referência  em Educação Infantil. Bebel e João estudam lá desde 1 ano de idade e eu só tive elogios em relação à infra estrutura, ao corpo docente, à proposta pedagógica, aos colegas e às suas famílias.

Esse semestre tive uma surpresa. A escola oferece aula de ballet como atividade extracurricular. As professoras trocam as alunas de roupa no período de aula de modo que às terça e quintas, quando ia buscar Bebel, deparava-me com um bando de bailarinas e minha filha, amuada. Mesmo com dificuldades no mínimo logísticas e questionando a postura da psicopedagógica da escola, resolvi matricula-la na atividade e descobri que não tinha vagas.

Fui conversar com a psicóloga da escola, sempre muito solícita e esclarecida e fiquei horrorizada com sua postura, que reflete o posicionamento da escola. "A vida frustra mesmo", "Não há o que se fazer", "Sempre foi assim, você é a primeira pessoa que questiona". Não questiono a atividade, questiono a incoerência do discurso. Se é pra ser todo mundo igual no ambiente escolar, que o sejam e não só até as 17:00. Sob ordens superiores, professoras, no horário de aula, trocam de roupa os alunos das atividades extra-curriculares sem a preocupação no impacto dessa prática discriminatória nos outros alunos que por motivos vários não podem participar das atividades.

Vou trocar as crianças de escola no fim do ano e vou sair chateada com essa prática. Que a vida frustra, frustra sim, mas não precisa ser dessa forma, nesse ambiente e com um discurso tão fatalista e hipócrita.