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terça-feira, 12 de junho de 2012

O corpo perfeito


O corpo perfeito no inconsciente coletivo contemporâneo é o da mulher capa de revista, naquela pose sensual, jovem, maquiada, depilada  e com um vento batendo nos cabelos impecáveis.

Depois da gravidez nada é mais a mesma coisa, principalmente se o parâmetro for os longínquos 18 anos. Eu me revoltei com o resultado das cesáreas. Hoje já aceitei. Plástica, único recurso que resolve, (ainda) não.  As estrias eu nem vejo mais. Aquela diminuição no perímetro da cintura é que é dureza e fonte de culpa a cada bombonzinho colocado na boca. O que pode ajudar é a genética, tempo e dinheiro para as ciências estéticas e ginásticas.  Na medida do possível, a gente  corre atrás, com mais ou menos sucesso.

Se a idade tira colágeno, pode dar sabedoria. Se aos 18 eu visse meu corpo com o dobro dessa idade ia chorar de desespero. (A gente é meio exagerado nessa idade). Hoje, dois filhos depois, me acho  interessante e acredito que isso emana mais do que a ausência de uma cinturinha de pilão. A verdade é que olho para mulheres magras, altas, ricas, inteligentes e bonitas e fico com inveja. É humanamente impossível não querer ser Gisele, mas a vida tem disso....

O corpo perfeito é o das bisas. As duas com 85 anos lúcidas, subindo e descendo escada. Corpos perfeitos com experiência de vida.