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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A progressiva e eu

Criei coragem para radicalizar com meus cabelos constantemente ressecados. As hidratações power não funcionavam e eu vivia desgrenhada. Num impulso fiz uma progressiva, apesar dos conselhos contrários. Eu tenho que ser prática. Nas horas seguintes senti a cara das pessoas.


Tive sensações ambíguas. Se o objetivo do cabelo é ficar brilhante, macio e arrumado, o tratamento resolve. Se cachos e volume fazem parte da personalidade, é um problema. Eu fiquei me estranhando no espelho. No trabalho, as mulheres perceberam o dilema. Na média, escutei mais elogios do que evasivas. Ou quis escutar mais elogios, sei lá. Lembrei de Zé Ramalho: “Ô vida de gado, povo marcado êê povo feliz” quando vi a massa de cabelos alisados no metrô.

Quando Bebel acordou e viu, gostou.