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sexta-feira, 14 de abril de 2017

Maritaca de família




A maritaca pousou estropiada em um fio no quintal. Devia estar voltando de uma briga feia. Silea viu, foi lá, esticou o dedo e a maritaca subiu. Bati a foto uns minutos depois, quando a maritaca comia banana no ombro dela. Já devia estar acostumada com pessoas. Avisamos a vizinhança. Meu primo da diretoria da rádio peão do bairro não ficou sabendo de passarinho fugido.



Foi assim que a maritaca entrou para a família. ELA porque é A maritaca. Eu chamo de louro quando estamos conversando uma com a outra, mas é apelido. A maritaca ganhou poleiro, água e comida e várias pessoas para conversar.


O dilema “Cortar ou não cortar as asas? ” respondeu-se com: “Eu gostaria de ter as minhas asas cortadas?”. Quando melhorou da briga, a maritaca voou para outras árvores. E voltou, por que com certeza é um bicho inteligente e provavelmente sensível. A maritaca passa o dia e a noite fora mas visitar várias vezes por dia, nem sempre na hora da comida. Do seu poleiro, manda recados para seu bando de maritacas. Das árvores manda recados também para o seu bando de pessoas, para não deixar a minha avó preocupada. Uma variação do amor.