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sábado, 20 de novembro de 2010

Mãe solteira

Em setembro de 2010, o pai das crianças e eu nos separamos. Foi um casamento lindo e profícuo que durou 12 anos e acabou virando uma parceria bem bacana para cuidar e educar os filhos.

Separar é uma merda. Pior é brigar as mesmas brigas eternamente. Os desafios imediatos são não traumatizar a criançada, uma de 3 e outra de 1 ano com questões que dizem respeito aos adultos e reconfigurar a idéia de família.

Explicamos que agora tem a casa do papai e a casa da mamãe mas que os dois estarão sempre perto e disponíveis para os filhos. E é o que tem acontecido.

A guarda ficou comigo mas é exercida de forma compartilhada. O pai é generoso com a pensão e ajuda quando eu preciso viajar a trabalho. Eu não sou chata implicante com o movimento natural dele de buscar se acasalar novamente.

Falando assim, separação parece rosas. Não é. Todos ficamos mais pobres. A convivência das crianças com o pai diminuiu. Eu fiquei sobrecarregada e é difícil para mim equacionar a vida de solteira e as obrigações de mãe: acordar cedo, cuidar e educar de perto, trabalhar e gerir a casa sozinha. Mas compensa.

É a primeira vez na vida que eu me viro sozinha. Sempre fui a pessoa de referência do domicílio (segundo critérios do IBGE) mas agora é diferente. A responsa é toda minha, para bem e para mal.

Que venha o futuro!