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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Os terríveis 2 anos

Quando ouvi falar nos "terríveis 2 anos" não acreditei: "Sabe essa bebezinha doce e tranquila que adora tudo o que vc faz? Espera ela fazer 2 anos". "Comigo não", iludi-me.

Começa aos poucos. Bebel não quer tal roupa, fazer tal coisa, comer, guardar, desligar, tomar banho, sair do banho, dormir, entrar no carro, sair do carro, calçar sapato, pentear cabelo, ficar de pé e não deitada no chão no meio do shopping.... A vida vira um inferno. Dá-lhe gritaria, choradeira, pitis homéricos. À menor contrariedade, bebel berrava, esperneava de parecer que estava tomando aquela surra. Às vezes esquecia o motivo, às vezes nem tinha motivo, mas a gritaria era como se tivesse. Gritos, suor e lágrimas.

Os terríveis 2 anos acontecem quando a criança começa a buscar sua propria autonomia, a afirmar-se no mundo como uma pessoa diferente de seus cuidadores, impor-se e testar seus limites. Haja saco! Por outro lado, é hora de moldar uma pessoinha que sabe dialogar, controlar-se, ser independente. Hora de impor a autoridade, de preferência de uma maneira calma e ponderada.

Durante mais de ano, tive que insistir pacientemente (outras nem tanto) que nas coisas importantes era aquilo e pronto: não pode almoçar assistindo TV, acabou acabou, hora de dormir e pronto, vamos sair agora e ponto final, bagunçou tem que arrumar (nessa fui meio negligente porque haja paciência).

Fato é que milhares, milhões de pitis depois, a frequencia vem diminuindo e hoje, para a maioria dos comportamentos indesejáveis, o stress acabou, Ainda rola uma gritaria para, por exemplo, desligar a televisão, mas é mais para ver se o limite ainda está lá. Eu agora peço Bebel para ensinar o irmão que não adianta gritar, adianta conversar. Por hora, com ano e meio, ele dá os seus pitis mas como não recebe atenção por isso, rapidamente vai fazer outra coisa mais útil. Está aprendendo com a irmã.

Os terríveis 2 anos existem e são um inferno. Mas passam e ficam umas crianças bem bacanas.