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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Birra, pirraça, piti

Nem todo mundo sabe o horror que é um filho fazendo pirraça, birra, escândalo. Em qualquer lugar é péssimo,. mas com testemunhas é pior. Os sem-filhos olham com cara de "quem é o irresponsável por essa criança?". Ignorar nessas horas, a única política eficiente, é dureza. Quando estou zen,  exceto se o pirracento está de cara pro chão, fico por perto com cara de tudo-está-normal, esperando o suplício passar. Se não dá e a coisa está espetaculosa demais,carrego e vou embora, com  raiva, o(a) outro(a) filho(a) desconsolado(a) debaixo do braço. Tem dia que é tranquilo  e somos uma panelinha feliz o tempo quase todo. Tem dia que eles querem desafiar por tudo  e, juro, tenho vontade de passar a chave e voltar quando eles fizerem 18 anos.

Pirraça é democrática. Toda criança dá. É um forma primitiva de auto-afirmação no mundo. Se punida em excesso, faz pessoas passivas, amedrontadas e pouco criativas. Se todos os desejos são acatados, criam-se pequeno monstro mandões e sem limites. É interessante como cada um reage de um jeito conforme o jeito, a inteligência, a sensibilidade. Depois que o  médico e descartou a possibilidade de dores excruciantes, o diagnóstico foi dado:  "É birra.Dê limites."

Gritaria de criança ressoa no coração, mas é o cérebro que parece que vai explodir. Já disseram que eu sou paciente demais. Não sei bem se é um elogio, mas fato é que lido com uma média de 15 Nãos por dia: Não vou tomar banho, sair, colocar essa roupa,  dormir, sair/entrar no carro, parar de correr de um lado para outro, ir embora, voltar. Na idade da Bebel, fica ainda mais elaborado, cheio de chantagens emocionais e gritos de alarmar vizinho. Aprendi que, seu eu acreditar que, sim , eles vão fazer o que tem que ser feito e fazer valer a coisa toda, funciona. Sempre. Ignorar é a opção quando o motivo não é importante. Eles cansam e param. No cotidiano é super trabalhoso. Significa cuidar, alimentar, limpar, divertir, ensinar, transportar crianças que algumas vezes se opõem a isso. Haja paciência, criatividade e força física...

Eu sou feliz porque Bebel e João nunca, nunca mesmo empitizaram ao mesmo tempo. Pelo contrário, quando um(a) está berrando escandalosamente, o(a) outro(a) fica invisível em um canto, aparentemente alheio(a). Na colaboração para essa fraternidade, eu tenho certeza que fiz certo.