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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Meninos e meninas

Se eu respondi a essa questão em prova na faculdade de psicologia, devo ter errado: "quando, em geral, crianças começam a perceber as diferenças de gênero, identificando-se com um e rejeitando aspectos do outro?:

Eu achava que era lá pros 3-4 anos, mas, pelo visto, é antes. Junto com a linguagem, já começam as identificações com o que é "de menino", e o que é "de menina". Sorte que eu tive um casal de filhos e eles sabem,  naturalmente, o que é ser, biologicamente, uma coisa ou outra. Mas tem muito mais. A menina gosta de rosa, bonecas, conversas, filhinhas com cabelos longos arrastando no chão. O menino gosta de carros, correr, subir, mexer de um lado para o outro. São crianças e brincam juntas, mas quanta diferença!...

Estávamos os 3  no shopping e rolou uma emergência na gestão de resíduos do João. Como no andar não havia vestiário da família (versão unissex  de banheiro infantil), entrei com João e tudo no banheiro feminino. Nunca, em tempo algum, eu ia imaginar que, aos 2 anos, ele iria se recusar: "è de menina, mamãe". Como era emergência nível 2, apelei para a autoridade materna: "Vai entrar sim. Vamos ver se não tem ninguem." Sorte que não tinha mesmo e o problema foi resolvido.

Eu sempre achei que trataria igual um filho e uma filha. Hoje sei que o tratamento é diferente. Bebel é minha lindinha, João é o meu tutuzão. Diria que metade do que determina as diferenças entre feminino e masculino é biológica (ou seja, vem de fábrica) , metade é cultural. Ruim deve ser quando biologia fala uma coisa e a cultura manda outra. Bom é que vivermos num tempo em que essas diferenças estão sendo mais aceitas.