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sexta-feira, 10 de maio de 2013

As modernidades

Um aluno perguntou o que fazer depois que o filho de 9 anos pediu para ter um perfil no facebook. Primeiro dei os parabéns ao pai pelo fato do menino sentir-se na obrigação de ser autorizado para criar sua identidade na mundo virtual.  Respondi como mãe.

Assim que meus filhos pedirem para criar perfil em rede social eu vou falar com o melhor sorriso do mundo: "Mas é claro! qual vai ser a senha do seu perfil?". Falar NÃO é ineficiente uma vez que por mais obediente e bem educado que a criança seja, a pressão do grupo pode ser maior que o desejo de obedecer uma ordem familiar. Ainda mais, que os argumentos dos amigos serão "todo mundo tem", "que é superlegal", "não tem problema nenhum". O que, em partes, é verdade. A tendência é que, se proibida, a criança ou adolescente crie um perfil falso e faça e aconteça na rede sem nenhuma supervisão adulta. Isso sim é perigosíssimo!

O perfil vai ser feito no colo da mamãe e as diretrizes serão dadas, fiscalizadas e punidas, caso desobedecidas:
- Só pode adicionar pessoas conhecidas e mesmo assim depois de autorizada pela mãe ou pai
- Não pode postar fotos familiares para o público, só para amigos
- Não é para ficar sendo indiscreto com a própria privacidade e com a privacidade alheia (isso aprende com o tempo e tem gente que não aprendeu até hoje)
- Converse online sabendo que eu irei monitorar o histórico de conversações por alguns anos. (deletar conversa é infração gravíssima)

Já tem um tempo que eu venho contando  histórias sobre o que os malvadões fazem na internet fingindo que são crianças amigas. E o que acontece com as crianças bobinhas que acreditam nos malvadões.

Em relação ao celular e smartphone, eu já postei a minha opinião  aqui e aqui. É claro que pode! Empresto os meus, ensino como é que usa, a fazer chamadas de emergência para mim, para a polícia, sobre quanto custa cada ligação e o próprio aparelho. Eles pilotam o tablet que é uma beleza: baixam aplicativos, jogam, assistem youtube. Tudo supervisionado

O mundo é tecnológico e exceto se uma catástrofe destruir a sociedade como a conhecemos, a tecnologia veio para transformar o nosso jeito de pensar. Eu sou do século passado e só conheci internet na faculdade (pois é filhinhos, isso aconteceu pouco depois da extinção dos dinossauros). A geração do séc XXI é totalmente diferente. Sinto que o meu papel é disponibilizar as ferramentas e ensinar meus filhos a usa-las com responsabilidade e segurança. Sabendo que em menos de 10 anos, eles vão saber muito mais do que eu.